segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Software Educativo Multimédia: Uma pequena reflexão...

Antes de mais, o que são jogos educativos? A palavra jogo é originária do latim: iocus, iocare e significa brinquedo, divertimento, passatempo sujeito a regras, entre outros factores. Os jogos educativos facilitam e estimulam a aprendizagem através da interacção com o objecto em causa. Os enigmas que estes jogos proporcionam à criança ajudam-na na resolução de problemas permitindo raciocinar e estimular as suas capacidades cognitivas, de literacia, bem como a sua coordenação motora.
Com o surgimento das novas tecnologias, muito dos jogos manuais foram ultrapassados dando destaque aos jogos educativos em software, mas nem todo este software educativo se encontra adaptado às necessidades de uma criança, e devido a isso, é necessário que acha uma avaliação deste baseando-se em certos aspectos.
O software educativo é um software que tem como objectivo o ensino, ou melhor dizendo, a auto-aprendizagem, pois as crianças irão brincar com ele de uma forma autónoma. O uso do computador em sala de aula, e não só, tem-se revelado uma ferramenta essencial no processo de ensino-aprendizagem. No entanto, este não deve abdicar de uma orientação por parte dos pais ou educadores.
Desta forma, devemos avaliar o software educativo, neste caso iremos exemplificar com o jogo escolhido no post anterior, de maneira a que possamos reconhecer aqueles que sejam mais eficazes no processo de ensino-aprendizagem.

“Avaliar é um processo de classificar situações específicas em função de parâmetros pré-estabelecidos… todo software educativo reflete necessariamente, uma concepção de ensino e aprendizagem, resultante de uma visão filosófica da relação sujeito-objeto.” –Oliveira, Menezes & Moreira, 1987:50 (http://pt.wikipedia.org/wiki/Software_educativo)

Com isto, “(…) sugere-se que a avaliação da qualidade do software multimédia educativo tenha um carácter multidimensional, articulando, sobretudo, as dimensões psicológica, curricular, didáctica, tecnológica (…)(Avaliação de Software Educativo:47).
Consideramos que embora o jogo escolhido tenha alguns aspectos negativos, como o caso de tentativa e erro, conseguimos perceber que este tipo de jogos se limitam a dizer às crianças o que fazer, em vez de proporcionar a aprendizagem que as crianças devem elaborar ao perceberem que aquilo que fez está incorrecto. Desta forma, a criança não realizará o jogo a partir dos conhecimentos que foi construindo ao longo da sua aprendizagem, mas apenas por mera tentativa.
Quantos aos aspectos positivos apresenta uma qualidade da aprendizagem pois permite a assimilação dos resultados previstos, neste caso, a associação do algarismo à quantidade correspondente constituindo assim um grande potencial pedagógico, porque trabalha a área da matemática, ajudando a criança na contagem de elementos.
Desta forma é necessário que haja uma preocupação da parte dos professores e educadores para que proporcionem aos seus alunos jogos educativos que lhe incutam conhecimentos e aprendizagens pertinentes para o crescimento integral da criança.
Em suma, se a maioria dos jogos forem dados à criança não derem espaço de manobra a esta para que de uma forma livre explore o jogo, e as aprendizagens que deveriam ser feitas pelo jogo não serão conseguidas, e consequentemente a criança não usufruirá das potencialidades do jogo como processo de ensino-aprendizagem. Para além deste aspecto, é de salientar que os jogos devem dar um feedback à criança daquilo que ela no jogo fez incorrectamente, ao invés de não ser explicado o porquê do erro ou daquilo que deveria ser feito.

Bibliografia: COSTA, Fernando Albuquerque, Avaliação de Software Educativo: Ensinem-me a pescar!, Universidade de Lisboa

1 comentário:

  1. Caras alunas,

    A vossa mensagem reflecte uma visão crítica sobre o software educativo, tendo como base algumas das recomendações efectuadas no âmbito do projecto SACAUSEF. Estão de parabéns.
    Cumprimentos
    Rosário

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